Visitando o Castelo de Chillon em Montreux na Suíça

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Aléxia Muniz
Olá! Meu nome é Aléxia, criei esse blog para poder falar de viagens. Meu objetivo é te ajudar a viajar, através das minhas histórias e experiências. Bem-vindo ao meu mundo!

Por incrível que pareça, o ponto turístico mais visitado da Suíça não é uma montanha ou um lago, mas sim, um castelo histórico, o Castelo de Chillon. O fato de estar muito bem preservado estimula a visita de milhares de visitantes todos os anos. Claro que não iriamos deixar de visitar o castelo, que também é o principal ponto turístico da agradável cidade de Montreux.

Localização

O castelo situa-se nas margens do Lago Léman, em Veytaux, a 3 km de Montreux(detalhe que eu descobri isso fazendo esse post, ficava bem próximo do nosso hotel em Montreux e fomos de ônibus, a impressão que dá é que é na mesma cidade).

Para visitar o castelo, o ideal é se hospedar em Montreux ou em Vevey, cidade vizinha um pouco menor e menos conhecida.

O Castelo

A impressão que dá quando vê o castelo de longe é de que está flutuando em cima da água. Mas na verdade, ele foi construído numa pequena ilha formada por rochas. Não se sabe ao certo, mas acredita-se que o castelo foi construído no século XI.

O primeiro registro escrito da existência do castelo é de 1150. Desde então, o castelo sofreu diversas mudanças e renovações, também diversos povos ocuparam o castelo. O castelo é muito bem preservado e visita-lo é dar um mergulho na história.

Castelo no século XIX.
Fonte: wikipedia

Pela sua localização na beira do mar, foi utilizado como forte para controlar a passagem de embarcações no Lago Genebra, durante muitos anos.

História

Do séc. XII ao XVI, Chillon pertenceu aos Condes de Saboia. Mais tarde, o castelo foi conquistado pelos berneses que governaram durante os séculos 16 e 18, e em seguida, pelos vaudeses, do século 18 até mais recentemente.

O castelo tem água de todos os lados e para entrar no castelo, é necessário passar por uma ponte, antigamente era aqueles estilo de filme que subia e descia. Inclusive, ainda hoje dá pra ver o mesmo sistema.

Chillon tinha dois principais propósitos, a parte norte é a constituída para ser a defesa. Já no lado sul, virado para o lago, ficava a residência com vista para o lago e montanhas, chato né.. rss

O castelo possui para exibição mais de 300 peças e com exceção das mobílias e armas, todos os itens expostos foram encontrados durante uma busca arqueológica em volta do castelo entre 1896 até 1903.

Em termos de conservação, Chillon dá o exemplo. Desde 1892, o trabalho tem sido feito junto com uma comissão técnica de arquitetos, historiadores e especialistas. Todo o trabalho deve respeitar a estrutura original do castelo.

Prisão no subsolo

A parte no subsolo foi o que mais me impressionou, é muito louco pensar que pessoas viviam ali, o ambiente é bem escuro e muito úmido. Imagino o frio que devia ser durante o inverno. A arquitetura das salas subterrâneas evoca o século 13, a época da arquitetura gótica.

Originalmente, era usada para armazenamento de armas e suplementos, foi transformada numa prisão em 1290 por Peter II of Savoy, apelido ‘the little Charlemagne’. O preso mais famoso do castelo foi Lord Byron, poeta que inclusive, fez um poema sobre sua estadia na prisão, The Prisoner of Chillon. Inclusive, é possível comprar o livro do poema dele.

Inclusive, na parede de pedra de uma das masmorras está inscrito o nome “Byron”. Trata-se do próprio poeta inglês, Lord Byron (1788-1824), que por ali esteve no começo do século 17.
Ele escreveu “O Prisioneiro de Chillon” para narrar a desgraça de Bonivard, rica autoridade eclesiástica de Genebra, que teria sido acorrentada por quatro anos na quinta pilastra do calabouço, segundo consta do livro de Byron. Porém, parece que não foi bem assim, parece que ele passou a maior parte da sua pena no quarto do diretor do castelo. Ele finalizou sua pena e continuou vivendo.

A masmorra é feita de pedras da própria ilha onde está o castelo e as abóbodas góticas feitas por trabalhadores da era medieval. Toda a construção está sob pilares de pedra, que logo fará 1 mil anos de existência.

Visita

Assim que chegamos, o castelo já impressiona de longe, é muito lindo e a posição dele em cima da água é muito imponente. Logo na entrada, tem uma bilheteria vendendo ingresso e para quem tem o Swiss Travel Pass, a entrada é gratuita.

Para quem não tem, o ingresso adulto custa CHF 13.50. Há a possiblidade de tour guiado, mas deve ser agendado com antecedência pelo site e é mais recomendado para grupos.

Logo que entramos, ganhamos um mapa de todas as salas e ele vem numerado com a sequência correta para vermos todos os cômodos.  Junto com o mapa vem uma brochura disponível em 17 línguas (tem em português de Portugal).

A visita demora em torno de 1h30 e 2h para visitar tudo, é um passeio que ocupa uma manhã ou uma tarde inteira. Planeje sua visita com calma para conseguir ver tudo. O itinerário tem telas touch screen e fones de ouvido em alguns cômodos específicos que pode escutar esses mini filmes com a explicação de cada lugar.

Tem uma sala super legal que as crianças vão adorar, equipada com armas e as armaduras. Tem uma projeção com a silhueta de personagens medievais, super divertida!

No castelo, logo na entrada, também tem uma lojinha com itens e souvenirs sobre o castelo. Além disso, também tem banheiros e informação ao turista.

De volta ao passado

Hoje, as partes mais visitadas do local são a famosa prisão de Bonivard, que fica no subsolo e, como as outras salas subterrâneas, lembra as catedrais góticas do século XIII, a Camera Domini, uma sala extraordinária pintada com símbolos medievais, a capela, uma belíssima construção religiosa com pinturas do século XIV, as quatro principais salas com janelas voltadas para o Lago Léman, três pátios na entrada que hoje são usados para eventos, entre outros. Ao todo, o castelo é constituido por 25 edifícios unidos por corredores e passarelas.

São 36 salas recheadas de informações e MUITA história. O castelo é enorme, têm salas subterrâneas, pátios, quartos, cozinhas, banheiros.. É uma viagem de volta ao passado, inclusive, tem várias placas de segurança e cuidado, por conta dos pequenos espaços, escadas perigosas e locais que é praticamente impossível passar.

E o mais louco é pensar que pessoas viviam e transitavam nesses cômodos. Realmente, impressiona. Sendo muito sincera, foi o melhor passeio a um edifício histórico que eu já fui. É absurdamente bem conservado, divertido, dinâmico e completo o passeio.

Eu recomendo muito o passeio a todo mundo. Não tem muito o que falar, as fotos vão mostrar mais pra vocês.

Beijos!

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