Roteiro 2 dias em Zurique na Suíça – Parte II

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Aléxia Muniz
Olá! Meu nome é Aléxia, criei esse blog para poder falar de viagens. Meu objetivo é te ajudar a viajar, através das minhas histórias e experiências. Bem-vindo ao meu mundo!

Continuando o Roteiro de 2 dias em Zurique na Suíça, a parte I está aqui para quem não viu. Colocarei sobre o que fizemos no dia 2 e dia 3 da viagem.

Dia 2

Zuri West e Im Viadukt

No dia seguinte, acordamos cedo e fomos para Zuri West. O bairro é o mais descolado e alternativo de Zurique. Ele fica na antiga zona industrial da cidade e foi totalmente renovado, o que trás a ele toda essa estética industrial como concreto, metal e fábricas. Hoje em dia, virou um reduto de artistas alternativos e pessoas estilosas.

Zurich West, antigamente, tinha várias fábricas metalúrgicas, porém com o boom da cidade como centro financeiro, o custo de vida aumentou muito. Isso fez com que as fábricas saíssem do bairro, o que levou o bairro a decadência e abandono. Porém, felizmente, a cidade conseguiu renovar a região.

Eu sabia que o lugar pra se conhecer lá é o Im Viadukt e por estarmos com o tempo corrido e até por ser baixa temporada, fomos no ponto direto pra conhecermos a região. Chegamos lá de ônibus rapidinho e usando o app do Maps do iphone, que nos deu todas as coordenadas de quais ônibus pegar.

Im Viadukt é um viaduto que foi totalmente reformado e hoje, é um reduto de restaurantes, lojas alternativas e cafés. O projeto foi feito pelo escritório de arquitetura EM2N em 2010. Envolve os 500 metros de arcos ferroviários do século 19 e que nos seus vãos de pedras, abrigam empreendimentos.

No Im Viadukt, abriga o primeiro mercado coberto de Zurique, o Markthalle, é um complexo com mais de 20 expositores vendendo frutas, produtos orgânicos e vários tipos de comidas. Fomos direto nele tomar nosso café da manhã e o local é muito gostoso, me lembrou o mercadão em Londres.

Tinha expositores com milhares de tipos de queijos diferentes, frutos do mar e pães. Vimos vários moradores pela região e vale a pena comer algo diferente por lá. Tinha um quiosque oriental vendendo bun, nunca tínhamos comido e é gostoso.

Como é o Im Viadukt

Depois conhecemos o restante das lojas do viaduto, todas lojas independentes, alternativas e com o estilo bem moderno. O que eu achei legal é que no Brasil, temos essa visão de viadutos com moradores de rua, porém não foi o que eu vi por lá. O local é limpo, agradável e seguro. Vimos várias famílias pela região e é um lugar muito gostoso pra passear.

Esse centro comercial é um espaço publico administrado pela prefeitura e há uma regra, que somente pode entrar e comercializar seus produtos, pequenas empresas e agricultores familiares. Não vi no viaduto nenhuma marca grandes e globalizadas, o que vi foram produtos característicos da região e peças mais artesanais.

Dentro do mercado também tem um restaurante, como estávamos com o horário meio apertado, não comemos ali. Mas tava cheio e tem umas mesinhas ao ar livre, deve valer a pena ir um dia pra conhecer. Ficamos caminhando em volta do viaduto e ao lado tem um parque Josefwiese. O parque é muito gostoso, vimos várias famílias, crianças brincando mesmo no outono.

E alguns dos estabelecimentos do viaduto como cafeterias e pequenos restaurantes, ficavam com mesinhas de frente pro parque. Então, pra quem está com tempo, vale a pena sentar por ali e tomar um café olhando o movimento.

Feirinha de sábado

Passeamos mais um pouco pela região e depois fomos direto pra Bürkliplatz, que é o ponto central de onde saem todos os barcos para passeio no lago de Zurique e era o local de onde sairia o barco para irmos para nossa visita à Fábrica da Lindt. Assim que chegamos no local, ainda tinha um tempo e fomos passear por ali.

Tinha ouvido falar de um local tradicional que vendia sausage, que é essas salsichas/linguiças tradicionais na Suíca alemã. Chama-se Sternen Grill e fomos andando mesmo, fica bem perto de Burkliplatz. O local é pequeno, mas estava com uma fila grande na porta. Percebia-se que eram moradores locais na fila mesmo, então pra quem quer viver uma experiência bem autêntica, vale a pena conhecer.

O esquema lá é simples, tem algumas mesinhas lá fora e dentro também. Você chega e faz seu pedido, mas é um esquema de fast food, ou seja, o fluxo é rápido. Não fazíamos ideia do que pedir, o cardápio estava todo em alemão e não dava tempo pra ficar perguntando muito. Pedimos as sausages que vimos expostas ali e nos deram elas dentro de um saquinho com um papel, sim, só isso. Pegamos um molho que tinha ali e sentamos pra comer, mas sem entender nada.

Claro que o molho era super picante e não pegamos o pãozinho que acompanhava. De certo, não fizemos o pedido correto kkk.. E depois descobrimos que na mesa, tinha um cardápio em inglês, era só ter sentado na mesa e pedido com calma, aquela fila era pro ‘’take away’’ kkkk Amo quando acontece essas coisas nas viagens, damos muita risada.

Voltamos pra praça e percebemos uma movimentação numa praça em frente ao local dos barcos, estava rolando uma feirinha de roupas e objetos usados enorme. Claro que aproveitamos pra ir ali dar uma olhada, foi muito legal! Parecia muito aquelas cenas de filme, folhas amarelas caindo das árvores, peças incríveis sendo vendidas junto com objetos de antiquário. Não compramos nada, porque achamos que estaria barato, mas não existe barato na Suíça.

Perdemos o barco

Claro que perto do valor original e da qualidade das peças, deve valer a pena, até por isso estava cheio de suíços por lá. Eram jaquetas e casacos de couro, de pele, peças realmente duráveis e tudo com aparência de novo. Vimos vários cachorros passeando por ali, inclusive o maior cachorro que já vi na vida. Vou colocar a foto pra vocês verem, mas é tipo um cachorro do mato gigante.

Contei um pouco mais sobre essa questão do barco perdido pra ir pra fábrica da Lindt nesse post aqui. Mas resumidamente, saímos da feirinha e fomos ao ponto de saída do barco, eu tinha pesquisado que os barcos saiam de 30 em 30 minutos, então fomos tranquilo. Caso precisasse esperar 30 minutos, ok, sem problemas. Mas chegando lá, descobrimos que na verdade, saia a cada 1 hora. Ou seja, ficamos lá sentados batendo papo, tomando café e tirando fotos.

Então, depois de 1 hora, pegamos o próximo. O barco que pegamos era menor e lá dentro, descobrimos que o trajeto de 20 minutos, nesse barco seria de 1h porque ele fazia várias paradas no caminho. Então, decidimos aproveitar, sentamos na parte com um restaurante e pedimos uma cerveja, afinal, vamos curtir a vida, né!

Chegando no ponto da fábrica, até o local tem uma caminhada de uns 5 minutos. O local era muito lindo, casas enormes na beira do lago, um monte de folhas amarelas no chão, cenário de filme mesmo. Acompanhando meus posts, vocês verão eu falando mil vezes como a Suíça é linda e ainda sim, não será suficiente para colocar toda a beleza que vimos nesse pequeno país.

O post completo do passeio na fábrica está aqui. Quando terminamos, voltamos de ônibus porque já era tarde e tínhamos horário reservado num restaurante. Por sorte, o restaurante era bem perto da praça onde saia os barcos, então voltamos direto pro ponto mais próximo do restaurante.

Restaurante Zeughauskeller

Esse era outro restaurante que ouvi muito falar nas minhas pesquisas pra viagem, o Restaurante Zeughauskeller. Ele foi construído em 1487 e naquela época, era um arsenal de equipamentos e armas. Durante a Idade Média, a Suíça enfrentou muitos períodos de guerra. Em 1867, um novo arsenal foi construído e o local passou a ser uma residência.

Diz que no local era armazenada a besta do Guilherme Tell, herói nacional do país além de outras armas históricas. Desde 1927, porém, o local funciona como restaurante e as armas servindo apenas como decoração. O restaurante é bem grande e o espaço é bem legal, ele mantém a sua aparência e decoração da Idade Média. Inclusive, uma réplica da lendária besta de Tell está exposta no local.

Então, imaginem que o local é um ponto turístico, além de restaurante. Ou seja, é necessário fazer reserva e fica bastante cheio. Inclusive, pode acontecer de você sentar na mesa com mais pessoas. Aconteceu com a gente, na nossa mesa, tinha mais 3 casais e na hora, achamos muito estranho, porém foi super tranquilo. Cada um fica no seu canto conversando entre si, geralmente cada um em uma língua diferente e é de boa. Na Suíça, tem muito esse costume de sentar em mesas com mais gente e o pessoal lida numa boa.

O cardápio do restaurante é bem extenso e ele é tradicional, ou seja, tem as especialidades suíças. Eu já tinha pesquisado as melhores pedidas e fui certa, pedi o kalbsgeschnetzeltes, que é um prato típico parecido com strogonoff, mas é vitela num molho de champignons servido numa panelinha de metal. É delicioso! E o Leandro pediu um schnitzel, que é tipo um bife a milanesa, com acompanhamentos de batata rosti.

Tudo muito, muito bom mesmo!  Foi legal pra conhecermos mais da culinária típica saindo de fondue. Não é um restaurante barato, gastamos em média 80 CHF na refeição. E pra acompanhar uma cerveja, clássico. Vale muito a pena conhecer esse restaurante clássico da cidade! A experiência toda compensa muito.

Banhofstrasse

A rua mais importante de Zurique começa na principal estação de trem da cidade (Hauptbahnho) e segue até o Lago Zurique. Ela tem mais ou menos 1,5km e é um desses passeios imperdíveis. Recomendo começar na estação e ir descendo até o lago passeando. A rua é recheada de lojas incríveis de grife, cafés, escritórios de grandes bancos e empresas. Inclusive, não é a toa que essa rua está entre as 12 mais famosas do mundo.

Dia 3

Infelizmente, já era dia de ir embora de Zurique e seguir viagem para nosso próximo destino. Porém, antes do check out, decidimos dar uma volta pelo centro histórico e conhecer os principais pontos turísticos da região. Mas, não deu pra fazer como eu queria, tivemos que fazer tudo meio que correndo e por ser bem cedo e ainda era domingo, ou seja, muitas coisas fechadas.

Primeiro, pertinho do nosso hotel, vimos uma construção muito linda que parecia até uma Igreja, porém, na verdade, era uma biblioteca pública. Decidimos entrar pra ver como era, pediram nosso passe sanitário para entrar e imaginem nossa surpresa, quando vimos que a biblioteca estava cheia. Cheia de jovens universitários estudando num domingo de manhã.

O lugar é super bem equipado, silencioso, organizado, limpo e com várias opções de livros. Não é a toa que a Suíça é a Suíça, a nova geração estudando na biblioteca. Ficamos bem surpresos. Depois, pegamos o patinete elétrico pra podermos ver tudo com mais agilidade.

Para o um passeio pelo centro histórico, recomendo ver as Igrejas: Grossmunster, Fraumunster, St. Peter e  Predigerkirche. São belíssimas Igrejas históricas. As igrejas Fraumünster e Grossmünster eram inicialmente católicas e se tornaram protestantes há mais de cinco séculos. As igrejas Predigerkirche e St. Peter continuam vinculadas à Santa Sé. Em relação às Igrejas, destaque para a Grossmünster, que é um cartão postal da cidade.

Aproveitamos pra conhecer também a Lindenhoplatz, principal praça de Zurique e com uma vista maravilhosa do Rio Limmat. Só saibam que é numa colina, alta, ou seja, vá preparado pra dar uma boa caminhada.

Curiosidade: Você não precisa comprar água em Zurique, só andar com uma garrafinha e encher em uma das 1200 fontes na cidade. A maioria delas com água potável 24h por dia.

Hora de seguir pro próximo destino

Claro que não deu tempo de fazer tudo que queria, a cidade é muito legal. Embora seja um centro econômico e metropolitano, a cidade guarda muito da época medieval e isso nota-se em pequenos murais desenhados, nas decorações, nas praças e pontos. Vale muito a pena ficar mais tempo, pelo menos, uns 5 dias.

Não gostamos muito de fazer essa correria quando viajamos, gosto de ficar um tempo suficiente no lugar. Até porque não gosto muito de ficar só dando check em ponto turístico, mas não tem jeito. Sem contar que meu marido não gosta de ficar acordando super cedo e ficar correndo por aí, então, sempre curtimos os lugares com calma.

Mas de qualquer forma, deu pra passear e conhecer mais da cidade. Acho que em 3 dias inteiros, você consegue ver tudo. E agora, seguimos para o próximo destino..

Beijos!!!

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