Passeio de Rafting em Brotas

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Aléxia Muniz
Olá! Meu nome é Aléxia, criei esse blog para poder falar de viagens. Meu objetivo é te ajudar a viajar, através das minhas histórias e experiências. Bem-vindo ao meu mundo!

Ir pra Brotas e não fazer o passeio de rafting é quase como ir pra Paris e não ir à Torre Eiffel. É um passeio imperdível, afinal Brotas é a capital da aventura e onde o rafting é o principal esporte e todo o turismo gira em torno dessa atividade.

Empresa

Quando soube que íamos para Brotas, comecei a pesquisar sobre empresas e opinião de quem já tinha ido. A cidade tem várias empresas diferentes que fazem o passeio, porém alguns nomes apontaram com mais frequência. Um deles é a Território Selvagem Canoar, que foi a nossa escolhida para esse passeio.

A Território Selvagem atua no mercado desde 1999 e no ano de 2010 se uniu com a primeira operadora de rafting do Brasil, a Canoar e tornaram-se a Território Selvagem Canoar. Eles possuem certificações e a principal delas que é a Certificação Internacional NBR ISO 21101.

Fui atrás do que é essa certificação e basicamente, é uma certificação que leva em conta a qualidade e segurança dos serviços ligado a turismo de aventura. Então, o mais importante para verificar quando escolher a empresa é se ela tem essa certificação, afinal é um passeio de aventura e precisa ter total segurança.

Rafting

O rafting consiste num esporte radical praticado na água e consiste na descida em corredeiras em equipe utilizando botes infláveis e equipamentos de segurança. Pode ser praticado por qualquer pessoa e antes de começar, sempre terá instruções para o grupo a cerca dos movimentos.

Um dos objetivos deste esporte é atravessar os obstáculos naturais do trajeto, como pedras, corredeiras e quedas d’água. A atividade é coordenada por um responsável durante o trajeto, além disso, pode ser executado por uma equipe de quatro a doze pessoas, de acordo com o tamanho do bote.

A prática começou no Brasil na década de 80 e os praticantes do esporte encontram vários lugares incríveis aqui como Brotas, Rio Juquitiba, Foz do Iguaçu, Socorro, Chapada dos Guimarães…

Percurso

O Rafting é realizado nas águas do Rio Jacaré Pepira, considerado um dos melhores para a prática desse esporte. O Rio Jacaré Pepira nasce na divisa dos municípios de Brotas e São Pedro na Serra de Itaqueri a uma altitude de 960 metros sobre o nível do mar. Da nascente até o Rio Tietê, o Jacaré Pepira tem 174 quilômetros de extensão. É formado por nascentes, córregos e mais de 50 cachoeiras, mais de 20 delas localizadas em Brotas.

Nas margens do Rio, tem diversos animais como macacos, tucanos… O Rio é um dos únicos rios limpos no Estado de São Paulo e é liberado para banho e navegação. Ele tem esse nome devido à forma do rio que é cheio de curvas e pedras. O que torna perfeito para prática dos esportes radicais.

O Passeio

Entrei em contato com a empresa pelo whatsapp e me informaram que o valor do rafting era R$ 138 por pessoa e tinha um pequeno desconto via pix. O passeio consiste em descida sobre as corredeiras do Rio Jacaré Pepira a bordo de um bote inflável para até 07 participantes, onde desbravamos belas corredeiras, refluxos e quedas d’água.

Está incluso no valor o transporte de ida e volta saindo da agência, equipamentos de segurança, taxa de visitação, condutores especializados, água, pinga com mel e seguro Porto Seguro. E o passeio dura 4h no total e 1h30 no rio. Durante a semana, tem dois horários de saída: 09h30 e 14h30 e nos sábados: 08h30, 12h e 15h30.

O percurso tem 7,5km e o mínimo é 1,20 de altura e peso máximo de 150kg.  Nesse percurso, não precisa saber nadar.

Nossa Experiência

Quando estávamos organizando a viagem em família, ninguém estava animado pra fazer o passeio. Ficamos preocupados com o frio, de ser muito cansativo e meu pai estava mais na vibe de ficar descansando. Porém, quando chegamos lá, todo mundo animou e o mais legal é que por estarmos num grupo maior, pudemos ficar só a gente num bote.

Tinha possibilidade de irmos à tarde ou de manhã, porém optei por ser de manhã. Embora o grupo não ficou muito feliz de ter que acordar cedo, teríamos que chegar no ponto de encontro 9h para sairmos às 09h30, mas eu sabia que seria melhor ir a tarde e foi mesmo.

 Fica meu conselho pra vocês, vão de manhã. Você já vai cedo, depois tem a tarde toda livre para aproveitar e sem contar que final de tarde tem muito mosquito e já começa a ficar mais frio também, especialmente, quando não é verão.

O trajeto

Chegamos lá na base que fica no centro da cidade, é bem fácil de achar e tem várias vagas. Pra quem vai sem carro, tem que ir de táxi/uber ou caso esteja hospedado no centro, dá pra ir andando. A base deles é super legal e todos os passeios saem de lá. A empresa tem tirolesa e outras atividades.

O espaço é todo decorado em homenagem às atividades radicais, tem banheiros, pequena cafeteria, armários, vestiários e na parte debaixo, fica o Kanoas Bar. Esse bar/restaurante fica em frente ao Parque dos Saltos e tem opções de café, restaurante, bebidas e fica aberto o dia inteiro, ou seja, caso você chegue do passeio com fome, dá pra já parar ali e almoçar ou caso vá à tarde, dá pra fazer o happy hour por lá. O ambiente é bem gostoso com luzinhas e espaços ao ar livre.

Eles tinham passado uma lista do que deveríamos levar e usar de roupas (vou colocar no final do post), então já fomos preparados. Assim que chegamos, cada um teve que preencher um formulário com os dados e assinar termos de segurança.

Logo, fomos direcionados ao ônibus que estava parado na rua lateral, foram 2 ônibus bem cheios, tinha bastante gente pra fazer a atividade. O ônibus é bem simples e no caminho até o local de onde sairia a atividade, pararam numa casa para pegar os instrutores e os botes. É bem legal ver eles se movimentando e realmente, parece uma família, são jovens que amam o esporte, dá pra perceber.

Como é

Após uns 20 minutos de estrada, chegamos ao ponto de saída dos botes. Eles orientam a deixar a mochila dentro do ônibus com nossos pertences e celulares. Não é recomendado levar celular e realmente, não é seguro mesmo. A não ser que você tenha uma gopro aí dá pra prender no capacete.

Formou uma roda onde um rapaz explicou basicamente as instruções básicas para remar e como iriamos nos comunicar com o instrutor que iria junto no bote. Tem o jeito correto de segurar o remo e de remar. E depois da explicação, que dá impressão que você não aprendeu nada kk, ele passa alguns exercícios para alongamento brevemente.

Após isso, ele tem a lista dos participantes e cada instrutor por grupo. Então, caso você esteja sozinho, casal ou num grupo até 3 pessoas, provavelmente, eles colocarão mais pessoas no seu grupo. Como estávamos em 5, ficamos só a gente. Cabe até 7 pessoas no bote.

Eles nos chamaram e ficamos com uma instrutora, a Gabi, super gente boa e muito querida. Nos deram capacete e o colete para vestir. Antes de começar o trajeto em si, ficamos na beira do rio treinando. As pessoas mais fortes ficam na frente, cada uma de um lado e atrás, a instrutora distribui de acordo com o peso.

Como sabíamos que quem fica na frente tem que puxar o grupo e fazer mais força, ficou eu e o meu marido, o Leandro na frente. Não é difícil, mas precisa de atenção. As pessoas na frente tem que estar sempre em sintonia para remar junto e na mesma hora. A instrutora explica alguns movimentos e ordens que caso ela dê, temos que levantar o remo ou sentar no bote ou remar só um lado ou remar pra trás.

Grito de Guerra: Caçando Destinos

E todo o grupo tem que estar em sintonia pra conseguir fazer o passeio com segurança e claro que explicam o que acontece no caso de alguém cair na água. Pensamos que poderia ser fácil de alguém cair, mas não é tão fácil assim. Saímos ileso nessa rss. Ah e o instrutor pede por um grito de guerra e o nosso foi, claro, Caçando Destinos! hahahahah

Após o teste, seguimos pelo percurso. Junto tem vários botes, porém não ficam todos juntos, é uma sequência e vai saindo aos poucos.  O trajeto é MUITO divertido, passamos por corredeiras mais rápidas, pequenas quedas, o rio é muito lindo e em alguns momentos tranquilos, a água reflete no rio e no mato e fica bem especial mesmo.

É claro que é cansativo, especialmente, pra quem fica na frente por ter que ficar o tempo inteiro puxando. Detalhe: atrás de mim, ficou meu pai que não remava nada kkkk ele ficou só curtindo a paisagem e o passeio. Toda hora a Gabi tinha que ficar chamando ele pra remar kkkkk

Dá muita adrenalina e prepare-se pra se molhar TOTALMENTE. Não existe possibilidade de não se molhar, estávamos preocupados com a água muito gelada, mas não estava. Estava gostosa e graças a Deus, abriu um solzão. Tanto que chegou numa hora tranquila e ai pode fazer flutuação, descer do bote e ficar curtindo o rio flutuando com seu colete.

Nossas impressões

É legal também que tem o bote que está na sua frente e atrás, algumas horas podíamos passar as pessoas e aí ficava tipo uma mini competição. É legal porque todo mundo fica empolgado e cantando nosso grito de guerra.

Pudemos conversar com a Gabi, que nos contou que participa da equipe brasileira feminina e já foi pra vários países competir no rafting. Ela veio visitar a cidade e um primo que trabalhava na Território Selvagem, fez rafting e se apaixonou pelo esporte. Começou a treinar, entrou pra equipe e trabalhar na empresa. Inclusive, lá nos instrutores, tinha um dos campeões brasileiros.

O que eu achei legal também foi segurança que a empresa oferece. Em todas as quedas com pedras e mais complicadas, fica instrutores em pé nas pedras cuidando pra não ter nenhum risco e direcionando os botes que saem do esperado. Ao final do percurso, tem as saídas das empresas e a da território é a última. Ou seja, é o passeio mais longo e também, a empresa com mais clientes, pelo que pude perceber. Chegando na saída do Rio, descemos do bote e já chegamos numa área aberta com água e pinga com mel para esquentar. O ônibus já estava nos esperando na saída. Ninguém mexeu nos nossos pertences, ficou tudo quietinho lá.

Pelo que a Gabi falou, o Rio não estava cheio, estava normal. Mas tem dias que o rio está bem cheio e ai o passeio fica com bem mais adrenalina e dependendo de quão cheio, não tem passeio e só os instrutores que vão pra treinar. Ah e tem um rafting que é feito à noite, nas noites de lua cheia. Deve ser incrível! Tem que consultar com eles quais as datas.

O que levar

Para uso na atividade tem que ir com um calçado fechado e com sola de borracha, pode ser tênis ou aquashoe(aqueles sapatos para água). Tem que ir por baixo da roupa com roupa de banho como biquíni ou maiô. Por cima, tem que ir com shorts, bermuda, calça tipo legging ou qualquer uma grudada no corpo e camisetas preferencialmente de secagem rápida, tipo dry fit.

Não pode ir de calça jeans ou qualquer peça jeans. Nem de tecidos pesados, tênis novos, meias grossas, chinelo ou qualquer sapato sem sola de borracha e sem fixação. Também recomendam levar uma bolsa/mochila com roupa extra/sapato extra, toalha e saco plástico para as roupas molhadas. Não deixe de passar bastante repelente e protetor solar.

Entenda: você vai se molhar! O pé entra dentro da água, então, já vá sabendo que seu sapato vai ficar inutilizável depois. Eu não me atentei a algumas coisas quando estava preparando minha mala, era pra ter ido com uma calça legging de academia, porém esqueci de levar.

E era pra ter levado uma sandália, no caso de ficar calor. Eu só levei roupas de frio e bota, mas estava um calor terrível. Então, após o passeio, eu fui descalça até uma loja perto e comprei uma sandália para poder almoçar depois. Mas foi tenso porque entrei na loja descalça kkk

Minha opinião

Nós amamos o passeio! Foi o ponto alto da viagem, extremamente divertido. Deixou todo mundo animado e cheio de adrenalina pra curtir o dia inteiro. Foi um momento único e muito especial em fazer com a família. É uma pena que não foram todos os meus irmãos, o meu irmão chegou naquele dia mais tarde e minha irmã está morando em Paris. Faltou eles, mas foi muito divertido e com certeza, eu repetiria a experiência. Valeu a pena demais!

Beijos!

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